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domingo, 22 de maio de 2011

cade?

cade aquela menina que transpirava idealismo?
cade aquela alma que só tinha ansia de liberdade?
cade aquele corpo que só queria sair sem rumo?
cade aquela mente que não parava de teorizar um minuto sequer?
cade teus sonhos, tuas vontades, tuas esperanças, tua fé?

aquele medo do conformismo se tornou plausivel,
aquela vontade de chorar se tornou frequente, aliás,
cade a vontade de chorar? até pra isso existe anestesia,
a gente não sente, não chora, não come, não luta, não muda.
deixa tudo como está, conforto desconfortável que não faz diferença alguma.

pra que viver assim? com medo de viver,
passando desapercebida, não fazendo diferença
um registro do que nunca existiu.
não agregou, não mudou um mundo que sempre acreditou poder mudar.

cade a paixão?



Eu não quero ser uma formiga.
Passamos pela vida,
esbarrando uns nos outros...
sempre no piloto automático,
como formigas...
não sendo solicitados a fazer
nada de verdadeiramente humano.

"Pare". "Siga". "Ande aqui". "Dirija ali".
Acões voltadas apenas à sobrevivência.
Toda comunicação servindo para
manter ativa a colônia de formigas...
de um modo eficiente e civilizado.

"O seu troco". "Papel ou plástico?"
"Crédito ou débito?"
"Aceita ketchup?"

Não quero um canudo.
Quero momentos humanos verdadeiros.
Quero ver você.
Quero que você me veja.
Não quero abrir mão disso.
Não quero ser uma formiga, entende?"
-Waking Life.

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