Ano
passado foi um dos anos mais intensos da minha vida, em todos os sentidos possíveis
e experimentados até agora, nunca senti tanto.
Sempre
fui chamada de lunática, maluca, problemática e todos os adjetivos que denotam
das pessoas que fogem do senso comum, sinceramente, os encaro como elogios, me
fazem feliz ao pensar que eu escapo ao menos um pouco da padronização social,
da ordem vigente.
Ano
passado conheci uma das pessoas mais intensas, hoje é uma amiga, das grandes,
das confidentes – no nosso primeiro contato já me defendeu, abrindo um barraco
todo envolto de feminismo e todo envolto de sentimento. Ela é pirada, foge do
comum, quebra os protocolos – grita, chora, chapa e vive como poucos. Sua alma
tem me ensinado muito sobre a vida, sobre ela e sobre mim. Ela é maluca, no
melhor dos sentidos, me orgulho disso mas me preocupo também, afinal, em um
mundo cheio de regras e convenções as pessoas que fogem disso tendem a sofrer,
transbordar ,e, por vezes se perder.
Hoje sei bem como é isso.
Somos
duas dentre um bando de malucos, e dentre um outro bando que força uma
normalidade inexistente. Não existe normal, o que existe são pessoas,
singulares e intimamente confusas.
A
maluquice é um exagero passional, ainda não descobri se é realmente bom, só sei
que é o que eu tenho de sobra – e ela também.
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